Surto no Hospital Santa Rita mobiliza Saúde do Espírito Santo e órgãos federais
Vitória vive uma situação delicada no Hospital Santa Rita. Funcionários e acompanhantes de pacientes começaram a apresentar sintomas de infecção respiratória, acompanhados de alterações radiológicas compatíveis com pneumonia. Até agora, testes descartaram coronavírus e gripes do tipo A e B, mas mais de 300 outros patógenos ainda estão sendo investigados.
O secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, explicou nesta segunda-feira (27) como o trabalho está sendo conduzido:
“Estamos usando um teste extremamente moderno que descobre o DNA e RNA dos patógenos para que possamos tentar identificá-los. A investigação dessa situação é nossa prioridade”, disse Hoffmann.
Atualmente, seis funcionários e 12 acompanhantes permanecem internados em diferentes hospitais do Espírito Santo, todos considerados dentro do vínculo epidemiológico definido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). No total, 33 funcionários já foram afetados.
O hospital segue funcionando, mas a ala onde o surto começou e um centro cirúrgico permanecem fechados temporariamente. Para reduzir o fluxo de pessoas, as visitas aos setores de internação, onde os pacientes foram transferidos, estão restritas.
Apoio federal e laboratórios de referência
O Ministério da Saúde enviou técnicos da Vigilância para trabalhar junto à Sesa, acompanhando a investigação de perto. Uma sala foi montada dentro do hospital para acomodar a equipe, que atua seguindo protocolos de notificação obrigatórios.
“Sempre que há um surto em algum hospital, de qualquer parte do Brasil, nós temos obrigação, enquanto Estado, de notificar o Ministério da Saúde, que envia profissionais para ajudar na investigação”, explicou Hoffmann.
Além do Laboratório Central do Estado (Lacen), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) participa do processo de testagem, garantindo rapidez na identificação do agente responsável.
A infectologista Carolina Salume, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Santa Rita, reforçou a prioridade que o caso recebe:
“Tirando a parte de transplante, estamos passando tudo na frente para dar celeridade ao processo. Sobre prazos, acreditamos que até o final desta semana tenhamos algum resultado dessas amostras. Os exames do Santa Rita até agora vieram todos negativos, e os do Lacen também vieram todos negativos”, afirmou.
Enquanto a investigação segue, o caso chama atenção pela complexidade e pela rapidez com que se espalhou entre funcionários e acompanhantes. Autoridades estaduais e federais trabalham para conter a situação e evitar que o surto avance, mantendo a população informada sobre cada passo da apuração.





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