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Cachoeiro de Itapemirim,19/05/2025

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Pequenos agricultores ocupam 30% das terras, mas produzem 70% da comida dos capixabas


Pequenos agricultores ocupam 30% das terras, mas produzem 70% da comida dos capixabas


Apesar de ocuparem apenas 30% das terras rurais capixabas, os pequenos agricultores são responsáveis por mais de 70% da comida que chega à mesa das pessoas. Com esses dados, o subsecretário de Estado da Agricultura Familiar, Rogério Favoretti, destacou a importância da atividade aos alunos do Curso de Formação Política para Jovens, ofertado pela Ales em todo o estado.  

Com o tema “Políticas de Agricultura”, a aula ocorreu na noite desta quinta-feira (15), no Auditório Augusto Ruschi, e também teve como tema o meio ambiente, com o secretário da pasta estadual, Felipe Rigoni.

O primeiro a falar foi Favoretti. Ele afirmou que o saldo positivo da participação das pequenas propriedades no fornecimento de alimentos registrado no Espírito Santo se repete em praticamente todo o país. 

As grandes e médias propriedades, explicou o subsecretário, em geral são ocupadas por empreendedores voltados para a exportação de grãos – principalmente a soja – adquirida em maior volume pela China e por países europeus.  

Censo agropecuário 

O gestor apresentou dados estatísticos do Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o qual do total de 108 mil unidades agrícolas de pequeno porte no estado, 80 mil pertencem à agricultura familiar. 

O total de empregos gerados no Espírito Santo é de mais de 213 mil, bem acima dos 143 mil postos de trabalho ofertados pelas grandes e médias propriedades. Ainda de acordo com essas estatísticas, seis em cada dez capixabas que vivem no campo atuam na agricultura familiar. Os números são relativos ao último levantamento do IBGE, feito em 2017. A próxima edição do censo está em fase de preparo, com início previsto para o próximo ano. 

Legislação e programas 

Rogério Favoretti explicou os conceitos que diferem a agricultura familiar da não familiar e citou legislações destinadas aos pequenos produtores, entre elas as relacionadas ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que assegura financiamentos com juros baixos, e aos programas de compras governamentais de produtos dos pequenos agricultores para a alimentação escolar. 

Sobre as ações do governo do Estado, o convidado informou que, em meados de 2024, foi lançado o programa Vida no Campo, com projetos em diversas áreas da agricultura familiar, entre elas desenvolvimento agrário; empreendedorismo; assistência e extensão rural; e conquista de mercados. 

Gestão da agricultura 

Favoretti destacou que a gestão pública na agricultura familiar é fundamental para otimizar o uso de recursos ambientais e financeiros. Conforme frisou, o processo exige conhecimentos das legislações e dos programas que tratam de financiamento, produção e fornecimento dos alimentos.   

A temática citada pelo subsecretário foi um dos atrativos que levaram o estudante de Direito Gustavo Rodrigues, 23 anos, a se matricular no curso de formação política. 

“Ainda não defini qual será a minha área de atuação no Direito, mas vi que o agronegócio e a agricultura familiar abrem espaço para os profissionais do Direito atuarem em muitas demandas”, avaliou. 

Recursos hídricos e reflorestamento 

Os alunos ouviram também o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni. Ele  fez um apanhado das políticas públicas na área ambiental, elencando as mudanças climáticas como o principal problema a ser encarado pela sociedade.  

“Para enfrentar esses desafios no campo, o governo do Estado tem empreendido várias ações, entre elas o Plano de Descarbonização e Adaptação (climática), além do Programa Reflorestar (que estimula o combate ao desmatamento)”, citou Rigoni, explicando um pouco sobre esses temas. 

Ele afirmou que a intenção não era exatamente dar uma aula, mas conversar com jovens que estavam na plateia, repassando o que tem aprendido na vida política como gestor e legislador (exerceu mandato de deputado federal) e como “eterno estudante”. Rigoni é graduado em Engenharia de Produção e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Oxford, da Inglaterra. 




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