Anistia entra em alta no Congresso e lider do PT demonstra desespero

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), saiu de uma reunião de líderes nesta terça-feira (2) afirmando que cresceu a pressão para que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), coloque em votação o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Segundo ele, a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em Brasília foi determinante para dar força ao movimento.
“É um grave erro qualquer discussão para pautar a anistia. Existe essa discussão, cresceu um movimento com a presença aqui do governador de São Paulo, Tarcísio, de colocar em discussão essa questão da anistia para depois do julgamento”, disse Lindbergh.
O petista insistiu que “o Poder Legislativo embarcar em uma pauta como essa é um grave equívoco”.
De acordo com o deputado, partidos como União Brasil, PP e Republicanos pediram abertamente que a anistia fosse discutida. Ele acusou Tarcísio de buscar apoio direto entre as legendas e de ter mudado o tom da articulação em Brasília.
“Tarcísio, pelo jeito, está construindo um caminho para virar o candidato de todo mundo, ao assumir dessa forma essa pauta. Agora, é claro que o Tarcísio vai pagar o preço por isso”, afirmou.
Na avaliação do líder petista, o governador paulista já estaria mirando o Palácio do Planalto. “Eu acho que ele consolidou a candidatura dele para presidente”, disse.
A definição sobre quando a anistia será pautada deve voltar à mesa em uma nova reunião de líderes nos próximos dias. Até agora, nenhum texto foi apresentado.
Mais tarde, em vídeo publicado nas redes sociais, Lindbergh voltou a criticar o avanço das articulações em torno da proposta e reforçou sua oposição à medida.
COMENTÁRIOS