STF reforça segurança em Brasília para julgamento de Bolsonaro e aliados

A semana começa em Brasília com a Praça dos Três Poderes transformada em uma fortaleza. A partir desta segunda-feira (01), o Supremo Tribunal Federal (STF) abre a etapa decisiva do processo que coloca no banco dos réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de articular uma tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Para evitar tumultos, a segurança foi ampliada com um esquema conjunto da Polícia Judicial, responsável pela guarda do Supremo, e das forças da Segurança Pública do Distrito Federal. Os acessos à praça foram bloqueados, acampamentos estão proibidos e drones com câmeras térmicas sobrevoam a área em busca de movimentos suspeitos. O reforço será ainda maior no feriado de 7 de setembro, quando milhares de pessoas devem ocupar a Esplanada para as comemorações da Independência.
Dos 31 investigados pela Corte, oito integram o grupo classificado pela Procuradoria-Geral da República como o “núcleo 1”, considerado o centro das decisões que buscavam romper a ordem institucional. É justamente esse grupo que começa a ser julgado pela Primeira Turma do STF nesta terça-feira (02). Até o dia 12, os ministros vão decidir se os réus serão absolvidos ou condenados pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolir o Estado democrático de direito, depredação de patrimônio tombado e dano qualificado ao patrimônio da União.
A disputa atraiu enorme atenção. Mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar o julgamento, mas apenas 150 conseguiram lugar no plenário da Segunda Turma. O Supremo limitou o acesso físico a 1.200 pessoas. Os demais terão de assistir às sessões do lado de fora, em um espaço com telão aberto também a cinegrafistas e fotógrafos.
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