PDT de Cachoeiro acusa TSE de injustiça e promete recorrer após perder cadeira na Câmara

O PDT de Cachoeiro de Itapemirim divulgou nesta segunda-feira (18) uma nota oficial em tom de protesto contra a decisão que lhe retirou uma das quatro cadeiras conquistadas na Câmara Municipal nas eleições de 2024. O partido alega que foi punido de forma injusta pela aplicação da Súmula 73 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a legenda, o resultado nas urnas foi claro: 11.898 votos, o equivalente a 11,67% do eleitorado cachoeirense, o que garantiu ao PDT a terceira colocação entre todas as chapas. Dos 14 candidatos lançados, quatro ultrapassaram 20% do quociente partidário, número suficiente para assegurar quatro vagas no Legislativo.
O presidente municipal, Fabrício Ferreira Soares, fez questão de valorizar o empenho dos candidatos, em especial das mulheres.
“Nossas candidatas obtiveram ótimos resultados individuais e coletivos, todas tiveram movimentação financeira, repasse de verba partidária, confeccionaram material com seus recursos, fizeram campanha nas redes sociais e se colocaram à disposição do seu eleitorado, com vontade, ética e muito trabalho”, afirmou.
A insatisfação do PDT recai sobre a Súmula 73, que permite identificar fraude à cota de gênero quando há candidaturas fictícias, sem votos, sem prestação de contas ou sem atos concretos de campanha. Para os pedetistas, a medida, criada para coibir irregularidades, acabou sendo aplicada de forma equivocada.
“O PDT não cometeu fraude alguma, pois se tivesse cometido perderia suas quatro vagas alcançadas e não apenas uma. Como punir o justo por fraude que não cometeu?”, questiona a nota.
O diretório municipal insiste que a nulidade dos votos deveria atingir apenas os partidos que comprovadamente fraudaram a lei, e não legendas que cumpriram as regras. Diante disso, o PDT anunciou que vai recorrer ao próprio TSE na tentativa de recuperar a cadeira perdida.
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